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Quais Fatores mais Impactam no Retorno de uma Usina de Investimento?

As Usinas Solares têm causado o interesse de investidores de diversos perfis, sua capacidade de gerar renda tem atraído cada vez mais a atenção para este mercado, principalmente de investidores que possuem terras sem utilização. O fácil acesso à tecnologia e a agilidade de construção torna este investimento uma excelente oportunidade para quem que possui capacidade de instalar Usinas de Investimento.

Mas, como em qualquer empreendimento, é fundamental a construção de um plano de negócio consolidado, para que se mitigue os riscos e se proteja caso ocorram futuros prejuízos. Não basta somente construir uma usina solar e “Alugar para uma cooperativa” como muitos dizem no mercado, existem diversos fatores que impactam na Viabilidade Econômica de um projeto como este, que precisa gerar lucros por pelo menos 25 anos.

Demonstraremos a seguir os principais pontos que impactam a rentabilidade de uma Usina de Investimento:

CAPEX

    CAPEX é todo o valor gasto com a construção do empreendimento, ou seja, o Valor de Investimento. Este item deve ser avaliado com muito critério, pois se for elevado demais, reduz a rentabilidade da usina, mas se não for bem planejado, você pode cair no famoso “barato que sai caro”. Logo, deve-se contemplar todos os itens que o seu investimento precisa contar, para que não haja problemas futuros que nem fabricante e nem seguradora resolverão para você.

    OPEX

    São os custos mensais que a Usina terá após a sua construção, exemplos destes custos são:

    • O&M (Operação e Manutenção);
    • Seguro do Equipamentos;
    • Internet;
    • Gestão Comercial da Usina (atividade que pode ser terceirizada ou realizada internamente);
    • Segurança (CFTV, vigilância);
    • Entre outros.

    FATURA MENSAL DA DISTRIBUIDORA

    Estes custos ocorrerão durante toda vida útil do empreendimento, e são fundamentais para o bom andamento do Negócio, e por isso devem ser cuidadosamente planejados antes da usina sair de fato do papel.

    A sua usina também utilizará a rede da distribuidora e, consequentemente, receberá mensalmente uma fatura de energia como qualquer outra Unidade Consumidora. Este é um custo que será incluído no OPEX do projeto, e é de suma importância antecipadamente saber qual será o patamar de preço que sua usina terá que arcar mensalmente. Vale ressaltar que, dependendo do porte da sua usina, os valores que serão pagos diferem entre si, veja a seguir:

    Usinas até 75 kW (Microgeração): são conectadas em redes convencionais iguais de uma residência ou pequenos Comércios. Usinas com este porte costumam ter que arcar com um custo fixo mensal baixo, denominado TAXA MÍNIMA, para a distribuidora de energia local;

    Usinas acima de 75 kW até 3 MW (Minigeração): estas jásão consideradas usinas de maior porte, sendo conectadas em redes de Alta Tensão, em que devem pagar um preço fixo mensal à distribuidora também, porém com um patamar maior do que as Usinas de Microgeração (até 75 kW).

    O valor da fatura da Usina varia muito em cada estado do Brasil e, por isso, é sempre importante sempre considerar este custo quando for realizar todo levantamento necessário de custos e equacionar dentro do estudo de viabilidade.

    GERAÇÃO DE ENERGIA

    A Geração de Energia é o alicerce deste negócio, sendo fundamental para poder gerar o benefício na fatura de energia dos Consumidores Finais e, além disso, está diretamente ligada ao faturamento do empreendimento, sendo que quanto mais eficiente for o sistema solar, melhor será o retorno.

    Dica Solar Finance: não menospreze este fator, e nem calcule simplesmente por estimativa, pois uma variação de menos de 10% (para mais ou para menos), em relação ao calculado, pode conduzir o projeto ao sucesso ou ao fracasso. Por isso utilize softwares especializados para simular uma geração de energia mais fiel possível do que ocorrerá na prática, vindo o seu projeto a entrar em operação.

    Um ponto de suma importância é a perda de eficiência dos Módulos Fotovoltaicos (Painéis Solares). Anualmente ocorre uma redução na eficiência destes painéis, que deve ser previsto e analisado, para não ter surpresas nos anos a frente do seu investimento. Estas informações você encontra no datasheet do fabricante, e precisa ser bem avaliada, pois há painéis atualmente que em 25 anos perdem cerca de 20% de sua capacidade de geração.

    MODALIDADE DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

    As Usinas de Investimento são enquadradas atualmente nas regras da Geração Distribuída (regida pela Lei 14.300). E como existem regras às quais estes projetos devem seguir, veja abaixo, 2 tipos de enquadramento de seu investimento, cada um com seu perfil, para que possa tomar a melhor decisão antes de montar a sua usina:

    Geração Compartilhada:

    Nesta modalidade você deve reunir os consumidores de energia da sua usina, através de um instrumento jurídico permitido por lei, sendo eles:

    • Associação
    • Consórcio
    • Cooperativa
    • Entre outros

    Para unir consumidores diferentes entre si, esta é a forma permitida por lei, para que seu investimento esteja devidamente enquadrado perante às regras atuais de mercado.

    Autoconsumo Remoto

    Esta modalidade serve se caso você gerar energia somente para um único consumidor (seja de uma unidade consumidora somente, ou de várias – uma franquia por exemplo com seus franqueados). Neste caso, todos os seus clientes, perante a lei, são um só, pois nas suas contas possuem a mesma titularidade cadastrada na distribuidora (seja pelo mesmo CPF ou mesmo CNPJ), e não há necessidade de nenhum instrumento jurídico como na Geração Compartilhada.

    TRIBUTAÇÃO

    Usinas de Investimento devem ser vistas como um novo negócio. O faturamento obtido caso não seja aberto CNPJ, fica exposto a 27,5% de recolhimento de Imposto de Renda. Por isso é fundamental se análise o melhor enquadramento tributário para sua Usina de Investimento. Diante deste cenário, é necessário se avaliar previamente qual escolher:

    • Simples Nacional
    • Lucro Presumido
    • Lucro Real
    • MEI

    COMO A SOLAR FINANCE VAI TE AJUDAR?

    Com mais de 100 Investidores assessorados nos últimos 3 anos de empresa, podemos assessorar você a montar o planejamento ponta a ponta da sua usina, antes mesmo desta sair do papel. Tudo bem planejado antes fica muito mais fácil de se entender o negócio, não é verdade?

    Está querendo investir, e ainda não sabe se vale a pena, ou já começou os trabalhos sozinho e se perdeu, conte com o nosso time de especialistas no mercado solar. Entre em contato hoje mesmo!

    Autor: Guilherme Lopes

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