Atualmente são muitos os interessados em montar uma Usina Solar, desde os que querem aproveitar de seus benefícios para reduzir a conta de luz, até os que desejam investir e atuar como negócio de fato.
No post de hoje iremos discorrer mais a respeito do OPEX (do inglês Operational Expenditure – ou Despesas Operacionais) nas Usinas de Investimento.
Apesar de que Usinas de Investimento não são somente as que são enquadradas no Modelo de Energia por Assinatura para consumidores cativos de baixa tensão (GD), mas também Usinas de Grande Porte, enquadradas para Venda de Energia no Mercado Livre (ACL), ou mesmo enquadradas nas Regras da Autoprodução de Energia (APE), nos atentaremos aos itens do OPEX especificamente das Usinas de GD.
Itens Indispensáveis no OPEX:
- O&M (Operação e Manutenção): consiste nos custos para manter a usina em pleno funcionamento, como lavagem dos módulos, supressão de vegetação na usina, acompanhamento remoto da performance da usina, manutenção preventiva e corretiva etc. Este trabalho geralmente é desempenhado por um Integrador / EPCista ou pela própria equipe especializada do Proprietário da Usina.
- Seguro Operacional: seguro para proteção do patrimônio (da usina em si), que irá proteger contra sinistros que os fabricantes dos equipamentos não cobrem na garantia, tais como: incêndio, furto, granizo, ventos fortes etc.
- Aluguel do Terreno: deve-se considerar este custo, com seus respectivos índices de reajustes futuros, bem como os demais valores que envolvem o terreno, como IPTU ou ITR.
- G&A (Gestão e Administração): este item pode compreender somente fazer o acompanhamento mensal do desempenho de todo negócio semanalmente / mensalmente, ou até mesmo ter uma operação empresarial em funcionamento. Quem deseja ter pouca dor de cabeça busca terceirizar tudo (captação de clientes, cobrança, troca de clientes inadimplentes, financeiro, contas a pagar e contas a receber etc.), mas tem aqueles que terceirizam uma parte dessas atividades e assumem outras, ou até mesmo todas, e tudo deve estar planilhado e pensado antes de tirar de fato a usina do papel. OBS: este é um dos itens mais importantes do OPEX, pois negligenciá-lo, ou deixar simplesmente para discutir isso após a usina estar operante, pode trazer surpresas muito desagradáveis.
- Contabilidade: seja uma UFV de 75 kW, até uma UFV de 3 MW, é aconselhável que se realize a gestão da usina sob um CNPJ específico (chamado no mercado de SPE). E para isto funcionar de fato deve-se ter um Contador para cuidar da parte tributária da usina, tanto na escolha da melhor modalidade até o acompanhamento e emissão das guias de impostos, conciliação bancária etc.
- Internet Local: a usina por vezes encontra-se em locais remotos, sem acesso pronto à internet no local, logo é importante considerar este custo, pois é desta forma que remotamente você consegue saber como está a performance desta diariamente.
- Segurança Patrimonial / CFTV: locais distantes, além de um ponto de internet, também vão precisar de uma certa segurança, seja através de câmeras no local, ou até mesmo rondas ostensivas com empresa especializada, a fim de garantir a integridade do seu patrimônio, que é sua usina. Há locais onde já existam caseiros, ou mesmo moradores próximos ou no local da usina, e este custo possa ser suprimido, mas tem que ser avaliado antes de concluir o seu investimento.
- Custo do Fio da Distribuidora: a sua usina solar, assim como qualquer outra unidade consumidora, receberá mensalmente uma fatura da distribuidora de energia local, para custear o uso da sua rede para injeção de toda a energia gerada. Este custo pode ser de aproximadamente R$ 100,00 / mês para usinas de Micro GD, até ultrapassar muito este valor em usinas de Mini GD, que atualmente pagam o equivalente à TUSD G local.
Ufa, estes foram os principais itens que a grande maioria dos projetos costuma considerar antes de sair do papel. E você, costumava considerar todos estes itens? Tem algum item que gostaria de acrescentar (deixe nos comentários 😉)?
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Queremos te ouvir, e aproveitando…
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